Livestock Research for Rural Development 17 (1) 2005 | Guidelines to authors | LRRD News | Citation of this paper |
O experimento teve como objetivo de avaliar o potencial produtivo e a composição químico-bromatológica de nove variedades de cana-de-açúcar irrigada por aspersão. As parcelas foram constituídas por três linhas de sete metros lineares, espaçadas de 1,30m. O corte de avaliação foi manual, aos quinze meses após o plantio. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado com três repetições. Os resultados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.
Observou-se diferença significativa entre as variedades, tendo a SP 801816, apresentado a maior produção de matéria natural - 232,38 t/ha. Os teores de matéria seca (MS%), proteína bruta (PB) e fibra em detergente neutro (FDN) diferiram entre as variedades. Em relação aos macro, ocorreu diferença entre K e S, e com os micros Fe e Mn . As variedades SP 813250 e a SP 801842 foram as que apresentaram as maiores produções de colmo e as menores de folha seca.
Palavras-chave: Cana-de-açúcar, recurso forrageiro, produção
The objective of this experiment was to evaluate the yield potential and chemical composition of nine irrigated sugarcane varieties. Plots had three rows of 7m long and 1,3m between rows. Harvest was by hand fifteen months after planting. The experimental design was randomized block with three replicates.
Variety SP 801816 presented the best yield (232 tonnes/ha). There were significant differences among varieties in proximate and mineral composition., and in proportions of stems and dry leaves.
Key words: Sugar cane, nutritive value, yield
A cana-de-açúcar foi trazida para o Brasil pelos primeiros colonizadores, sendo também a primeira planta empregada como recurso forrageiro na alimentação suplementar dos ruminantes. O Brasil é o segundo maior produtor mundial de cana-de-açúcar com uma safra de 339.416.699 ton. Seu uso estende-se desde a produção de açúcar, álcool e energia elétrica. No entanto, na atualidade a cana tem atraído ainda mais a atenção dos pecuaristas e se tornado um volumoso de uso preferencial, por apresentar características tais como: a facilidade de seu cultivo, a execução da colheita justamente na época de estiagem, possibilidade de auto-armazenamento ou conservação a campo, persistência da cultura, grande produção obtida em nossas condições (Landell et al 2002), além do baixo custo por unidade de massa seca produzida. A cultura se destaca entre as forrageiras de clima tropical, como a planta de maior potencial para a produção de massa seca e energia por unidade de área em um único corte por ano. No Brasil a produtividade média de cana-de-açúcar, incluindo folhas secas e ponteiros, tem variado em torno de 80 toneladas de matéria natural por hectare, mas adotando-se o manejo adequado de variedades, tais como a calagem e adubação, pode-se alcançar produtividades superiores a 150 toneladas de matéria natural por hectare (Oliveira et al 2001). Contudo, a irrigação complementar pode aumentar a produção de massa seca da cana, tornando-a ainda mais atrativa para o arraçoamento animal (Oliveira et al 2001).
Segundo Azevedo (2002), o melhoramento genético da cana-de-açúcar está mais direcionado para o atendimento dos objetivos industriais, tornando assim, seu valor nutricional para alimentação de ruminantes pouco explorados. A cana é um alimento caracterizado por apresentar dois componentes em maiores proporções: açúcares e material fibroso. Além desses, ela apresenta baixo teor de proteína bruta e minerais (Preston and Leng 1980), os quais normalmente não são caracterizados nos trabalhos de avaliação de variedades. Desta forma, torna-se evidente a necessidade de estudos relacionados com o valor nutricional das variedades disponíveis no mercado, visando à suplementação animal.
Este trabalho teve como objetivo avaliar os aspectos produtivos e químico-bromatológicos de variedades de cana-de-açúcar em seu primeiro corte, sob irrigação.
O trabalho foi conduzido nas dependências da Fazenda Modelo de Produção de Leite da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Goiás, no município de Goiânia-GO, localizada na latitude S 16º 36' e longitude W 49º 16' e altitude de 727 metros. Segundo a classificação de Köopen, o clima da região é do tipo Aw (quente e semi-úmido, com estação seca bem definida dos meses de maio a outubro). A temperatura média anual é de 23,2ºC, com média mínima anual de 17,9º. A precipitação anual da região é de 1.759,9 mm (Brasil 1992).
No preparo da área experimental, inicialmente, utilizou-se uma grade pesada com o objetivo de promover o corte da vegetação. Em seguida, distribuiu-se o calcário dolomítico, visando elevar a saturação por bases para 60%. A aração do terreno foi feita com arado de aiveca, seguido de uma gradagem. A análise do solo revelou as seguintes características químicas da área experimental: Ca - 3,0; Mg - 0,9; Al - 0,2 e H - 4,4 cmlc/dm3. P (Mel.) - 5,6 e K - 66 mg/dm3. O pH - 4,5 (CaCl2), V% - 46,9% e M.O. - 1,9 0 g/kg. O solo é classificado como Latossolo Vermelho Escuro Argiloso.
O plantio foi realizado em dezembro de 2001, utilizando-se sulcos de 35 cm de profundidade, em parcelas constituídas por três linhas de sete metros de comprimento, espaçadas de 1,30 m. Adotou-se uma densidade de plantio de 15 a 18 gemas por metro de sulco. Na adubação fosfatada de plantio, aplicou-se o P2O5 (super simples), em dose equivalente a 130 kg/ha, distribuído no fundo do sulco, além de 30 kg de FTE Br 16. Posteriormente, em cobertura aplicou-se o K2O (cloreto de potássio), na proporção de 100 kg/ha, além de 20 kg de N (sulfato de amônio), de acordo com a recomendação de (Orlando Filho 1985; Raij et al 1985; Penatti et al 1989).
Os tratamentos foram constituídos por nove variedades de cana-de-açúcar: RB 872454, RB 8835486, RB 8845257, SP 813250, RB 855536, SP 835073, SP801842, SP 801816 e SP 791011. O sistema de irrigação por aspersão foi acionado a partir do final do mês de abril de 2002, aplicando-se uma lâmina de 7 mm, com turno de rega de 7 dias.
O corte de avaliação foi feito manualmente, aos quinze meses após o plantio, tomando-se a linha central de cada parcela, eliminando-se um metro das extremidades como bordadura. Para fins da avaliação foram considerados, portanto, a produção dos cinco metros de sulco, procedendo-se inicialmente a contagem do número de plantas por metro linear, seguido da pesagem do material. Posteriormente, foram tomadas duas sub amostras de 20 canas, sendo que a primeira para avaliação da planta inteira, após passada na ensiladeira e homogeneizada, novamente retirou-se uma sub amostra de aproximadamente 500 g, que foram levadas à estufa de ventilação forçada a 65ºC, até a obtenção de peso constante. Procedeu-se a moagem do material para determinação da porcentagem de matéria seca (MS), proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN), além de macro e micronutrientes, de acordo com Silva and Queiroz (2002). Em seguida, tomou-se a segunda sub amostra de 20 canas, separando-se as frações: ponteira, colmo e folha seca, sendo então, pesadas para avaliação proporcional destas partes.
O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado com três repetições. Os resultados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade, utilizando-se o programa Estat 2.0.
Os dados referentes à produção de matéria natural (MN), em t/ha, número de plantas por metro linear (m/linear), porcentagens de ponteira, colmo e folha seca (FS), são apresentados na Tabela 1.
Tabela 1. Produção de na matéria natural (t/ha), número de plantas (m/inear) e porcentagens de ponteira, colmo e folha seca das variedades de cana-de-açúcar avaliadas |
|||||
Variedades |
Produção |
Plantas/m |
% Ponteira |
% Colmo |
% FS |
RB 72454 |
205,67 ab |
10,32 bc |
26,86 ab |
69,63 ab |
3,51 a |
RB 835486 |
195,52 bc |
8,97 c |
35,24 ab |
63,70 ab |
1,07 c |
RB 845257 |
173,27 c |
10,23 bc |
29,62 ab |
68,93 ab |
1,45 bc |
SP 813250 |
216,45 ab |
12,25 ab |
24,95 b |
72,58 a |
2,47 abc |
RB 855536 |
204,26 ab |
11,42 ab |
28,89 ab |
69,89 a |
1,21 bc |
SP 835073 |
189,26 bc |
12,92 a |
30,23 ab |
66,96 ab |
2,82 abc |
SP 801842 |
173,41 c |
11,08 abc |
22,42 b |
74,71 a |
2,87 abc |
SP 801816 |
232,38 a |
10,83 abc |
23,41 b |
74,84 a |
1,75 abc |
SP 791011 |
209,47 ab |
11,00 abc |
39,69 a |
57,34 b |
2,98 ab |
Médias seguidas de letras diferentes nas colunas diferem entre si (P<0,05) pelo teste de Tukey |
Observou-se diferença (P<0,05) na produção de matéria natural das variedades de cana, sendo que os menores valores foram para a RB 845257 (173,27t) e SP 801842 (173,41t), enquanto a maior produção foi para a SP 801816 (232,38 t).
A produtividade média alcançada neste trabalho foi de 199,96 t/ha, indo portanto, de encontro às afirmações de Matioli and Barcelos (1994), de que um dos benefícios da irrigação suplementar quando se aplica uma lâmina equivalente a 30 mm por mês, é o de promover o aumento da produtividade, enquanto Oliveira et al (2001) reafirma que o aumento da produção de massa seca com o auxílio da irrigação complementar, a torna ainda mais atrativa para o arraçoamento animal
Os resultados obtidos por Oliveira et al (2001), quando avaliaram sete variedades de cana-de-açúcar, também em seu primeiro corte, obtendo uma produção média de biomassa ao redor de 350 t/ha, com a aplicação de 100 kg/ha de nitrogênio, são bastante superiores à média alcançada neste experimento, que foi de 199,96 t/ha, o que pode ser justificado com a reduzida dose de nitrogênio aplicada - 20 kg/ha. Por outro lado, além dos efeitos somatórios da irrigação complementar, os resultados obtidos vão de encontro às afirmações de Urquiarga et al (1992), sobre a total evidência de que diversas cultivares de cana-de-açúcar são capazes de obter uma significante contribuição de N através da fixação biológica. Boddey et al (1992) enfatizaram que é mais racional reduzir ao mínimo a adubação nitrogenada nas áreas de cana-de-açúcar, lançando mão desta economia na utilização da irrigação e no aumento das adubações fosfatadas e potássicas.
O número de plantas (m/linear) apresentou diferença (P<0,05), variando de 8,97 (RB 835486) a 12,92 (SP 835073), valores semelhantes aos determinados por Landell et al (2002). Cabe ressaltar que o maior número de plantas por metro linear pode ser atribuído à qualidade da muda ou uma característica fisiológica da própria variedade.
As porcentagens de colmo, ponteira e folha seca da variedades avaliadas diferiram (P<0,05), sendo que a SP 791011 foi a que apresentou a menor proporção de colmo (57,34%) e a maior de ponteiras (39,69%). No entanto, as variedades SP 813250, SP 801842 e a SP 801816, foram as que apresentaram as maiores proporções de colmo com valores de 72,58; 74,71 e 74,84% e o menores de folha, 24,95; 22,42 e 23,41%, respectivamente. A maior participação de colmo é extremamente desejável, tendo em vista que esta fração concentra a principal fonte de energia da cana. A fração folha seca que normalmente não é descrita na literatura, mas que na realidade é um constituinte da produção total da cana em coleta em grande escala, se fazem presente na alimentação dos ruminantes como uma fração de baixa qualidade, em função de apresentar teores de fibra elevados e lignificados. Dentre as variedades avaliadas a que apresentou a menor porcentagem de folha seca foi a RB 835486 (1,07%), enquanto a maior participação foi da RB 72454 com (3,51%),
Os teores médios de matéria seca total (MS), proteína bruta (PB) e fibra em detergente neutro (FDN), expressos em porcentagem da matéria seca, são apresentados na Tabela 2.
Tabela 2. Teores de matéria seca total (MS), proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN) de variedades de cana-de-açúcar |
|||
Variedades |
MS |
PB, % MS |
FDN, % MS |
RB 72454 |
24,42 A |
3,34 A |
46,93 E |
RB 835486 |
26,76 A |
2,26 BC |
46,90 E |
RB 845257 |
26,30 A |
1,91 C |
49,68 BC |
SP 813250 |
24,95 A |
1,90 C |
46,80 E |
RB 855536 |
26,90 A |
2,01 C |
49,08 CD |
SP 835073 |
25,54 A |
2,66 B |
54,33 A |
SP 801842 |
22,45 a |
2,68 B |
51,24 B |
SP 801816 |
25,34 A |
2,74 AB |
48,50 CDE |
SP 791011 |
24,78 A |
1,89 C |
47,18 DE |
Médias seguidas de letras diferentes nas colunas diferem entre si (P<0,05), pelo teste de Tukey |
Observa-se que as variedades de cana avaliadas não apresentaram diferenças (P<0,05) quanto ao teor de matéria seca total, cujo valor médio foi de 25,27%, que se encontra abaixo dos 30% determinado por (Melo et al 1993; Andrade et al 1990). Entretanto, se encontra numa faixa muito próxima dos resultados obtidos por Townsed et al (2003). Quanto aos resultados de PB houve diferença (P<0,05), com variação de 1,89 a 3,34%, valores estes que são pouco expressivos para uma dieta de ruminantes. De acordo com relatos de Preston and Leng (1980), o teor de PB em variedades de cana-de-açúcar é baixo, característica essa da espécie forrageira, onde tal fato não auxilia como critério para escolha de variedades para fins de alimentação de bovinos, pois o mesmo pode ser corrigido a custo muito baixo, através de uma fonte de nitrogênio não protéico à dieta.
Os teores de FDN mostraram diferenças (P<0,05) acentuadas entre o menor valor médio (40,80; 46,90 e 46,93%) determinados nas variedades SP 813250, RB 835486 e RB 72454, respectivamente, enquanto o maior valor médio (54,33%) foi da SP 835073. Observa-se que houve uma diferença de 7,53 unidades percentuais entre o menor e o maior teor de FDN determinado nas variedades avaliadas. Essas características são bastante importantes, uma vez que, a capacidade de ingestão dos ruminantes é limitada, pois as variedades com alto teor de FDN limitarão em determinado grau a ingestão de cana-de-açúcar e, conseqüentemente, o consumo de energia será insuficiente para atender os requisitos nutricionais do animal, afetando seu desempenho (Rodrigues et al 2001).
Os resultados dos teores de macro - P, K, Ca, Mg e S (g/kg) e micronutrientes - Cu, Fe, Mn e Zn (mg/kg), expressos na matéria seca podem ser observados na Tabela 3.
A cana-de-açúcar é tida como um alimento desequilibrado para os ruminantes, pois além de apresentar baixo teor de nitrogênio, apresenta também baixos teores para alguns minerais, não atendendo assim os requerimentos de algumas categorias para bovinos. Tal fato pode estar relacionado a uma maior capacidade de extração dos nutrientes do solo, como acontece principalmente com as forrageiras de corte, aquelas de alta produtividade.
Tabela 3. Teores de macro e micro minerais em porcentagem da material seca de variedades de cana-de-açúcar |
|||||||||
Variedades |
P |
K |
Ca |
Mg |
S |
Cu |
Fe |
Mn |
Zn |
g/kg |
mg/kg |
||||||||
RB 72454 |
17a |
112a |
21a |
11a |
8ab |
3,56a |
49,57bc |
32,44abc |
17,39a |
RB 835486 |
14ab |
81ab |
21a |
11a |
8ab |
2,81a |
30,97c |
38,11a |
15,95ab |
RB 845257 |
14ab |
71b |
21a |
11a |
7b |
3,91a |
47,94bc |
37,31ab |
15,13ab |
SP 813250 |
14ab |
90ab |
21a |
11a |
10ab |
3,18a |
54,09b |
26,55abc |
13,22b |
RB 855536 |
14ab |
84ab |
21a |
11a |
9ab |
3,54a |
43,93bc |
27,09abc |
16,68ab |
SP 835073 |
14ab |
100ab |
21a |
11a |
9ab |
3,55a |
52,93bca |
34,46abc |
15,30ab |
SP 801842 |
14ab |
98ab |
21a |
11a |
15a |
4,29a |
112,38a |
32,74abc |
16,42aB |
SP 801816 |
11b |
116a |
21a |
11a |
15a |
2,81a |
55,00b |
28,74abc |
15,81AB |
SP 791011 |
12ab |
86ab |
21a |
11a |
9ab |
4,29a |
36,67bc |
25,41c |
15,11AB |
Médias seguidas de letras diferentes nas colunas, diferem entre si (P<0,05) pelo Teste de Tukey |
Observa-se que não houve diferença (P>0,05) para os conteúdos de P, Ca e Mg das variedades avaliadas, cujas médias foram de 0,14; 0,21 e 0,11 g/kg, respectivamente. Os teores de K e S diferiram (P<0,05), tendo apresentado uma variação de 0,71 a 1,16, com média de 0,93 g/kg e de 0,07 a 0,15, com média de 0,10 g/kg, respectivamente. Os teores de Ca, Mg, K e S se encontram abaixo dos requerimentos mínimos para bovinos de corte que é da ordem de 1,2 a 2,40; 1,90 a 7,30; 1,00 a 2,00; 6,00 a 7,00 e 1,50 g/kg, respectivamente, segundo (NRC 1996).
Os micronutrientes diferiram (P<0,05) quanto aos teores de Fe e Mn, apresentando uma variação de 30,00 a 104,50 mg/kg e de 5,41 a 38,11 mg/kg, respectivamente. Tomando-se por base o NRC (1996), os teores de Mn atendem aos requerimentos dos ruminantes, que é da ordem de 20,00 a 40,00 mg/kg. No entanto, para as variedades RB 72454; RB 835486; RB 845257; RB 855536; SP 835073 e SP 791011, os teores de Fe se encontram abaixo das exigências mínimas estabelecidas para bovinos de corte, que é da ordem de 50,00 mg/kg. Os teores de Cu e Zn não diferiram (P>0,05) entre as variedades avaliadas, cujas médias foram de 3,55 e 15,67 mg/kg, respectivamente. Estes valores se encontram abaixo dos requerimentos mínimos estabelecidos para gado de corte, uma vez que, o NRC (1996), estabelece valores de 10,00 a 30,00 mg/kg.
Todas as variedades responderam à irrigação complementar, tendo a SP 801816 apresentado a maior média de produção - 232,38 t/ha.
Com relação ao FDN, a variedade SP 835073, apresentou-se como menos indicada para alimentação animal.
Os macronutrientes apresentaram uma concentração abaixo das exigências para gado de corte, enquanto os micronutrientes, apenas Fe e Mn atendem as exigências de bovinos de corte.
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